Corpus Christi

                                                                                 Corpus Christi

Na festa de Corpus Christi Igreja Reviva o mistério da quinta-feira Santa à luz da ressurreição. Quinta-feira Santa é também uma procissão Eucarística, com a qual a Igreja repete o êxodo de Jesus na última Ceia para o Monte das oliveiras. Em Israel, na noite da Páscoa foi celebrada em casa, na intimidade da família; Foi assim memória da primeira Páscoa, no Egipto da noite em que o sangue do Cordeiro pascal, asperjada sobre a arquitrave e ombreiras das casas, protegido contra o terminador. Naquela noite, Jesus vem e rende-se nas mãos de traidor, ao Exterminador e, precisamente assim, bater a noite, vencer a escuridão do mal. Só assim o dom da Eucaristia, instituído na última Ceia, realizada na íntegra: Jesus realmente dá seu corpo e seu sangue. Cruzando o limiar da morte, torna-se pão vivo, verdadeiro maná, alimento inesgotável ao longo dos séculos. A carne torna-se o pão da vida.

Na procissão de quinta-feira Santa a Igreja acompanha Jesus do Monte das oliveiras: a oração Igreja pretende assegurar firmemente com Jesus, não deixá-lo somente na noite do mundo, na noite da traição, na noite da indiferença de muitos. Na festa de Corpus Christi retomar esta procissão, mas com a alegria da ressurreição. O senhor ressuscitou e vai à nossa frente.

Nas contas da ressurreição há um traço comum e essencial; os anjos dizem: o Senhor "Ele os precede na Galiléia;" "Lá o haveis de rever" (Mt 28:7). Refletindo sobre isso com cuidado, podemos dizer que o fato de que Jesus é "Avançar" implica um duplo sentido. A primeira é, como já ouvimos, Galiléia. Israel, Galiléia era considerada a porta de entrada para o mundo dos pagãos. E na realidade, precisamente na Galiléia, no Monte, os discípulos vêm a Jesus, o Senhor, que lhes diz: "ID... e fazei  discípulos todas as Nações" (Mt 28, 19).

Outra direção do "vá em frente" do Senhor ressuscitado aparece no evangelho de São João, nas palavras de Jesus a Madalena: "não toque me eu ainda  não subi para o pai" (Jo 20:17). Jesus vai antes de nós para o pai, sobe para a altura de Deus e nos convida a segui-lo.

Esses dois sentidos da estrada do Senhor ressuscitado não são contraditórios; ambos juntos indicam o caminho do seguimento de Cristo. O verdadeiro objetivo da nossa viagem é comunhão com Deus; Deus é o lar de muitas habitações (cf. JO 14, 2 s). Mas nós só pode subir a esta morada freqüentando "Galiléia", indo ao longo das estradas do mundo, levar o evangelho a todas as Nações, trazendo o dom do seu amor aos homens de todos os tempos.

ou que o caminho dos Apóstolos foi estendido até os "confins da terra" (cf. actos 1, 6 s); Assim, são Pedro e são Paulo chegou a Roma, cidade que na época era o centro do mundo conhecido, verdadeira "caput mundi".

A procissão de quinta-feira Santa acompanha Jesus na sua solidão, no sentido da "via crucis". Em vez disso, a procissão de Corpus Christi responde simbolicamente ao mandato do Senhor ressuscitado: vá antes que você a Galiléia. ID até os confins do mundo, levar o evangelho ao mundo.

Certamente, para a fé, a Eucaristia é um mistério de intimidade. O senhor instituiu o Sacramento no Cenáculo, rodeado por sua nova família, os doze apóstolos, prefiguration e antecipação da Igreja de todos os tempos. Por esta razão, na liturgia da Igreja primitiva, a distribuição da Sagrada Comunhão foi introduzida com as palavras: Sancta sanctis, don santo é destinado àqueles que foram santificados. Desta forma, respondeu à exortação de S. Paulo aos Coríntios: "Vamos refletir, cada um examine a si proprio para que assim coma deste pão e beba deste calice" (1 Cor 11, 28). No entanto, dessa intimidade, que é presente muito pessoal do Senhor, a força do Sacramento da Eucaristia vai muito além das paredes das nossas igrejas. Neste Sacramento, o senhor está sempre em relação ao mundo. Este aspecto universal da presença eucarística pode ser visto na procissão do nosso partido. Nós tem Cristo, presente na figura do pão nas ruas de nossa cidade. Confiamos estas ruas, estas casas, nossa vida diária, a sua bondade.

Que nossas ruas são ruas de Jesus. Que nossas casas são casas para ele e com ele. Que nossa vida diária é imbuída com a sua presença. Com este gesto, colocamos diante de seus olhos o sofrimento dos doentes, a solidão dos jovens e os idosos, as tentações, medos, toda a nossa vida. A procissão é para ser uma grande bênção pública de nossa cidade: Cristo é, pessoa, bênção de Deus para o mundo. Que suas bênçãos descem sobre todos nós.

n a procissão de Corpus Christi, como já dissemos, acompanhar o Cristo ressuscitado em seu caminho ao redor do mundo. Precisamente por isso podemos também responder ao seu mandato: "Tomai, comei..." "Bebei tudo" (Mt 26, 26 s). Não se pode "comer" o Cristo ressuscitado, presente na figura do pão, como um simples pedaço de pão. Comer este pão é sagrada comunhão, podemos entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este ato de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar a vida daquele que é o Senhor, aquele que é o meu Criador e Redentor.

A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida para vocês, minha transformação e configuração com aquele que é o amor da vida. Por isso, esta comunhão implica adoração, implica a vontade de seguir Cristo, segui-lo que vai à nossa frente. Por conseguinte, adoração e procissão fazem parte de um único gesto de comunhão. eles respondem ao seu mandato: "Tomar e comer".

Na procissão em Roma termina na Basílica de Santa Maria maior, no encontro com a Virgem, o amado Papa João Paulo II chamado "Mulher eucarística". Na verdade, Maria, a mãe do Senhor nos ensina o que significa entrar em comunhão com Cristo: Maria deu sua carne, seu sangue Jesus e tornou-se a loja vivo do verbo, deixando penetrar no corpo e do Espírito por sua presença. Pergunte a ela, nossa mãe Santa, para nos ajudar a abrir mais todo o nosso ser à presença de Cristo; para ajudar-na segui-lo fielmente, dia após dia, por formas da nossa vida. Amém

(SU SANTIDAD BENEDICTO XVI)